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sábado, 24 de julho de 2010

Hidrografia Pobre

Hidrografia Pobre

Rios ralos
Brotam na minha terra.
Onde se mergulha
Uma parte por vez.

Rios intermitentes
Raspam sobre minhas pedras.
Trazendo-lhes somente areia.

Rios inexistentes
Carregam meus pensamentos
Sem oceano pra desembocar.

São águas confusas
Querendo volume intenso e real
Pra alma enxaguar

VAZIO

VAZIO

Que corra
Um rio
A alargar
O leito
Onde repouso.

Desencrespe
Meus veios
Secos.

E que
Encontre
A calmaria
De um lago.

Benê Dito Deíta